O deputado Roberto de Lucena (PV-SP) propôs a criação de Grupo de Trabalho, no âmbito da Comissão da Seguridade Social e Família, com o objetivo de discutir a Endometriose, bem como seus diagnósticos e tratamentos como forma de ajudar a construir uma política de saúde pública eficiente e resolutiva para tratar da doença.
A endometriose é definida como a presença, fora do útero, de tecido semelhante ao endométrio, causando uma reação crônica e inflamatória e está associada à dor, subfertilidade e qualidade de vida prejudicada. A condição é encontrada principalmente em mulheres em idade reprodutiva, de todos os grupos étnicos e sociais.
A doença é responsável por 40% dos casos de infertilidade no país, mas apenas um terço das brasileiras associa a endometriose à dificuldade de engravidar, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva.
No Brasil, cerca de 6 milhões de mulheres têm endometriose. O diagnóstico, no entanto, costuma ocorrer por volta dos 30 anos, por ser uma doença que apresenta diferentes sintomas ou até assintomática.
Na semana passada, durante audiência pública sobre o tema, na Comissão de Seguridade Social, Roberto de Lucena propôs ainda a criação do Dia Nacional de Combate à Endometriose, e disse que buscará disponibilizar recursos do Orçamento para a criação de centros de referências em todo o país. Outra medida sugerida pelo parlamentar foi a de capacitar profissionais, considerando que o diagnóstico da doença leva de sete a doze anos.